A chefia é toda sorrisos, chama para tomar café, estica conversas no final das reuniões ou puxa algum papo quando circula pelo escritório – com quase todos. Que, no caso, não inclui você.
“Está na cara que não gosta de mim..” é a conclusão mais lógica, não? NÃO!
Antes de mais nada, vamos relembrar algumas premissas básicas do mundo do trabalho:
– você não foi contratado para ser amigo de ninguém…
– você não é pago para gostar de ninguém…
– você não é pago para ser gostado por ninguém…
Isto posto, lembre-se: a chefia é composta de pessoas iguaizinhas a você:
– que vão ter mais afinidades com A e menos com B
– que vão se sentir mais à vontade com A e menos com B
E isso não significa:
– que isso atrapalhe a avaliação do seu trabalho
– que a falta de proximidade entre vocês atrapalhe a relação profissional
Claro que, em ambientes onde há proximidade e cordialidade, tudo fica mais interessante. Se isso é um requisito para sua felicidade no ambiente de trabalho, há caminhos a percorrer.
Comece se perguntando:
– o quanto dou de abertura à aproximação de outras pessoas – principalmente em posição de chefia?
– como respondo aos contatos da chefia: de forma absolutamente asséptica/profissional ou com um tom amigável?
– apesar de parecer que “não gosta de mim”, isso tem atrapalhado o desempenho das minhas funções ou criado situações de cobranças incabidas? (se for esse o caso, aí é bom usar os meios oficiais da empresa para discutir a relação profissional, pedindo feedback claro, por exemplo)
Pense o seguinte: essa é uma relação humana igualzinha a qualquer outra: com professores, com colegas, com familiares, com amigos… Ou seja: é de mão dupla. Não à toa, para situações com essa, há um ditado na língua inglesa que resume bem a situação: it takes two to tango (precisa de dois para dançar tango).
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